Crise no São Paulo. Para recolocar o clube no caminho dos títulos, Paulo César Carpegiani é contratado. O filme não é inédito. Em dezembro de 1998, depois de um segundo semestre desastroso, quando o time terminou a quatro pontos da zona do rebaixamento no Brasileirão, ele foi contratado para botar a casa em ordem em 1999.
Há 11 anos, após ver quatro treinadores sucumbirem na temporada anterior (veja abaixo), iniciou o ano com cerca de 70 atletas. Com calma, montou um time competitivo, que chegou à semifinal do Paulistão e do Campeonato Brasileiro, em ambas as ocasiões sendo eliminado pelo arquirrival Corinthians.
– Foi uma passagem muito boa, ele fez um bom trabalho. Disputou títulos, mas não teve sorte de conquistá-los. O clube acerta em trazê-lo – elogiou Rubens Minelli, na época superintendente de futebol do clube.
– Em números, a passagem foi ótima, mas eram campeonatos de mata-matas. O aproveitamento era alto, hoje chegaria ao título – disse Pérsio Rainho, então diretor de futebol.
A crise enfrentada pelo treinador não era apenas técnica. Nos bastidores, a política pegava fogo. Rainho definia a situação como a “pior crise da história do clube.” Hoje, acha que o tumulto não entrava em campo.
– O elenco era blindado das atitudes da cúpula diretiva. Não acredito que tenha influenciado – nega.
Alheio a isso, com postura de “espanta-crise”, Carpegiani ignora os problemas. Basta ver o que vinha fazendo no Atlético-PR nesse ano, livrando a equipe da zona do rebaixamento e colocando-a na disputa por uma vaga na Libertadores. Agora no Sampa, o objetivo é, de novo, sair do buraco. O especialista está em ação.
Crises administradas
Em 1998, antes de assumir...
Quatro técnicos dirigiram o São Paulo em 1998: Dario Pereyra, Pita, Nelsinho Baptista e Mário Sérgio. Carpegiani foi contratado no fim do ano.
Auto-estima baixa
O São Paulo vinha de um péssimo segundo semestre em 98, quando brigou para não cair no Brasileirão. O técnico teve de elevar o moral dos atletas.
Política fervendo
Com o presidente José Augusto Bastos Neto ameaçado de impeachment por problemas contratuais com a Adidas, o clima interno era dos piores no clube.
Em 2010, no Furacão
Assumiu na sexta rodada do Brasileirão, com o time com apenas quatro pontos. Conquistou 38 em 22 jogos e deixou o Furacão na briga pela Libertadores.
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