Salvador Hugo Palaia, presidente em exercício do Palmeiras, irá se reunir com os diretores e conselheiros que pretendem formar o Conselho Gestor do Verdão nos próximos 45 dias, durante a licença de Luiz Gonzaga Belluzzo. Funções serão delegadas durante o encontro. A reunião será no clube, nesta terça, às 17h.
Uma pessoa poderá ser encarregada de responder diretamente pelo futebol, por exemplo. Mas a ideia do Conselho é fazer com que as decisões não fiquem centralizadas e passem pelo aval deste "colegiado".
A decisão de Palaia em afastar o vice Gilberto Cipullo e sua diretoria do comando do futebol era uma desejo de boa parte do Conselho Deliberativo. A maneira como foi feita, no entanto, causou choque durante a reunião dos conselheiros na noite da última segunda.
Assim que a licença de Belluzzo, hospitalizado, foi oficializada, Palaia, até então primeiro vice, assumiu e logo avisou que tomaria medidas drásticas no futebol, afastando a cúpula atual. Até mesmo opositores consideraram absurda a maneira como o novo presidente agiu. Todos esperavam por mudanças graduais.
Após o que muitos conselheiros consideram um golpe, Palaia convidou para o Conselho os vices Clemente Pereira Júnior, Gilberto Cipullo e Edvaldo Frasson Teixeira, o diretor administrativo Wlademir Pescarmona, o diretor financeiro Francisco Busico, o diretor de planejamento José Cyrillo Jr., o conselheiro e membro do COF Seraphim Del Grande, o assessor especial da presidência Fabio Raiola, e Antonio Carlos Corcione, que assume o departamento jurídico de futebol do Palmeiras.
Cipullo, que foi tirado do comando, não irá aceitar o convite, assim como Del Grande, do grupo do vice-presidente. Há quatro anos, foi Gilberto Cipullo que se aliou ao então presidente Affonso Della Monica pedindo o afastamento de Palaia, diretor de futebol até o fim de 2006. Até hoje, o presidente em exercício não engoliu a medida.
Uma boa parte do Conselho Deliberativo estava insatisfeita com Cipullo, por causa das finanças do futebol e de decisões centralizadoras. A maneira como Palaia agiu, no entanto, causou choque no clube.
Palaia acredita que assim pode ter mais força para as eleições presidenciais de janeiro. O atual presidente já afirmou que será candidato para a sucessão de Belluzzo.
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